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[Desafio Jane Asuten] Filme - Austenland







Sinopse:
Com mais de 30 anos de idade, Jane Hayes (Keri Russell) não consegue encontrar um namorado, porque nenhum homem lhe parece à altura de seu grande ídolo: o Sr. Darcy, personagem criado por Jane Austen no romance Orgulho e Preconceito. Um dia, ela decide gastar todas as suas economias e voar ao Reino Unido, onde existe um resort especializado em acolher as mulheres apaixonadas pelas histórias de Austen. Lá, ela descobre que o homem do seus sonhos pode se tornar uma realidade.







  Olá pessoal, finalmente vou começar o Desafio Jane Austen, que me propus a fazer no começo desse ano. Já tenho umas leituras para fazer resenha, mas vou começar falando desse filme que comprei na terça feira de uma conhecida que estava vendendo e aproveitei para assistir nesse feriadão longo aqui no Rio.  




Eu não sabia nada sobre a história e apertei o play sem ler a sinopse atrás, estava sem expectativas sobre ele e ansiosa para saber do que se tratava.
        Como a sinopse diz: Jane é uma fã assumida da Jane Austen, que tem um quarto todo dedicada à autora e ao querido Sr. Darcy e não arranja um namorado porque nenhum deles chega aos pés do seu personagem favorito.                                                          Ela decide ir conhecer Austenland que é visto como um paraíso para os fãs de Jane Austen, pois promete ao hospede fazer com que ele se sinta na época em que os personagens viviam, com direito a roupas, carruagem, atores interpretando o clássico Orgulho e Preconceito.



Jane vai, mas com uma condição imposta pela sua amiga que acha todo aquele amor pelo livro e pelo Sr.Darcy um exagero, que se ela gostar da aventura a amiga nunca mais reclama, mas se não gostar ela terá que tirar tudo do quarto. E ai, embarcamos na engraçada hospedagem da Jane em Austenland.      
Eu comecei o filme com boas risadas. Jane conhece outra mulher que decidiu conhecer aquele lugar, A Miss Elizabeth Charming, interpretada pela sempre engraçada Jennifer Coolidge, que me tirou risadas.


     Elas recebem um novo nome, ganharam roupas da época, além de ficarem sem celular, ou qualquer outro aparelho moderno. Lá, conhecem atores que interpretam Sr. Darcy entre outros.  Impossível não assistir o filme sem lembrar o Orgulho e Preconceito, já que diversas cenas remetem a ele. Mas a nossa Lizzie Bennet da era moderna sofre muito na mão da dona de Austenland que mais uma vez me remeteu lady Catherine com seu ar de superioridade.
       O Sr. Darcy falso me irritou muito no começo, mas depois acabou ganhando minha simpatia. O filme tem uma reviravolta boa no final e que me deixou feliz.


                  O que mais posso falar sobre o filme, é que quem nunca sonhou em viver
na história do seu livro preferido, e o filme mostra quem nem sempre esse será um bom pedido, mas que nem por isso vamos deixar de continuar amando aquele livro.
     Adorei o filme, me distrai com ele, dei boas risadas, o elenco foi bem escolhido e cumpriu o papel de uma releitura de Orgulho e Preconceito, mas moderno e com direito a uma fã de carteirinha da minha  querida Jane Austen.





Trailer:



  • Sobre o Desafio Jane Austen é só clicar aqui
Espero que tenham gostado! Se já assistiu o filme, conte nos comentários o que achou!
Até mais


[Resenha] Um caso perdido - Collen Hoover


Título: Um caso perdido.
Autor (a): Collen Hoover.
Editora: Galera Record.

Sinopse: Sky cataloga garotos como sabores de sorvete. Alguns são baunilha, outros um pouco mais ousados. Mas nenhum a empolga. Em seu último ano de escola, conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

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 Sky não possui a vida de uma adolescente normal.
 Aos 17 anos, ela não tem televisão em casa, não tem celular, nunca foi para a escol e nem sabe o que é netflix. Mas agora prestes a fazer 18 anos, Sky conseguiu convencer sua mãe, Karen, a deixá-la freqüentar a escola, pelo menos para que ela saiba o que a espera quando for para a faculdade. E é aí que tudo muda.
 A melhor amiga de Sky, Six, que sempre esteve por perto nos últimos anos, seja para compartilhar história de garotos ou um pote de sorvete, não vai estar por perto para acompanhá-la. Sky nunca imaginaria que mesmo sem ir ao colégio ela já tinha uma fama nele. Interessante, não? Seu “boas vindas” ser uma armário repleto de bilhetes que a chamam de vagabunda para baixo, o que para Sky se tornou motivo de riso, principalmente quando notas de dinheiro passaram a fazer parte do pacote na intenção de chamá-la de prostituta.
 Apesar de se relacionar com diversos garotos, Sky não consegue sentir nenhum tipo de atração sexual por nenhum deles. Os rapazes que passam por seu quarto são apenas um passatempo, do qual ela consegue desligar sua mente do mundo ao ficar contando as estrelas que estão coladas em seu teto. Nenhum deles nunca conseguiu ultrapassar as barreiras de seu coração e mesmo que muitas pessoas pensem ao contrário, nem as barreiras de suas roupas.
Tudo isso era a realidade de Sky até que surgi Holder. Quando Sky vê esse garoto que deixa o cabelo caído em cima dos olhos azuis, ela não consegue explicar os sinais estranhos dados por seu corpo, e por isso atribuí tudo a alguma espécie de vírus que faz seu estômago revirar e a temperatura de ser corpo subir. Afinal, o que mais poderia ser?


"Odeio o fato de existirem tantos lados dele que não compreendo, e nem sei se quero continuar tentando entendê-los. Há partes dele que amo, partes que odeio, partes que me apavoram e partes que me impressionam. Mas há uma parte dele que só me decepciona... e com certeza essa é a mais difícil de aceitar."

 Holder não consegue entender. A garota nova faz com que ele se lembre de uma determinada pessoa, mas não pode ser... Pode?
 Uma ligação é estabelecida, e a partir daí as reações de Sky não se limitam apenas às físicas. Ao deixar Holder entrar em sua vida, sua mente passa a se desdobrar em uma série de sonhos e pesadelos que para ela não fazem sentido.


"Não consigo deixar de lado a impressão de que talvez o que nós temos seja bom demais, certo demais e perfeito demais, e assim fico pensando em todos os livros que li e em como, quando as coisas ficam bonitas demais, certas demais e perfeitas demais, é só porque alguma reviravolta horrorosa ainda não se infiltrou na situação"

 Agora que a história começou, Holder e Sky vão precisar segurar um no outro para superar seus altos e baixos além de suportar as portas do passado que ameaçam serem destrancadas.


"Não estou de coração partido e ainda não derramei uma lágrima sequer por causa de toda essa situação. Não consigo ficar de coração partido porque, por sorte, ainda não tinha dado a ele essa parte de mim. Mas não sou orgulhosa demais para admitir que estou um pouco triste com tudo isso, e sei que vou precisar de um tempo porque eu gostava muito, muito dele. Resumindo, estou bem. Um pouco triste e imensamente confusa, mas bem."

 Uma história emocionante e envolvente, que mesmo depois de ler a última página, continua viva em sua mente.
 Um amor entre dois jovens que lembra uma rosa: Bela, mas cheia de espinhos.
 A pergunta que ficou comigo foi: Como algo pode ser tão intensamente bonito e cruel ao mesmo tempo?

 Você vai querer chorar, gritar, rir e no final vai se perguntar como seu coração ainda continua batendo.´
 Deixo aqui um dos meus quotes favoritos:

"Os acontecimentos da vida de uma pessoa estão todos aglomerados um minuto após o outro, sem nenhum intervalo de tempo, páginas em branco ou pausas de capítulos, porque não importa o que aconteça, a vida simplesmente continua, segue em frente, as palavras são ditas, e as verdades sempre surgem, quer você queira ou não, e a vida nunca deixa você fazer uma pausa apenas para recuperar a porra do fôlego."
 Holder e Sky são um exemplo. "Apenas" isso.

"Eu gamo você, Sky. Gamo tanto você." <3

 A autora escreveu também o livro na visão do Holder, que promete ser tão bom quanto:


[Especial] Semana Colleen Hoover

Olá pessoal, essa semana tem feriado e tem especial aqui no blog. Durante a semana a Equipe vai falar sobre a escritora Colleen Hoover e suas obras. Seus livros figuram na lista de New Adult, onde os personagens estão na faixa de 18 a 20 e poucos anos, com conflitos que ou você já passou ou conhece alguém e que me arrancou lágrimas no final.
Vamos conhecer um pouco mais e falar sobre os livros dela que fazem tanto sucesso por aqui e como eles conquistaram nossos corações.


Colleen Hoover nasceu 11 de dezembro de 1979, em Sulphur Springs, Texas. Ela cresceu em Saltillo, Texas, e formou-se a partir de Saltillo High School, em 1998. Em 2000, ela se casou com Heath Hoover, com quem ela já tem três filhos e um porco chamado Sailor. Hoover formou na Texas a & M-Commerce com uma licenciatura em Serviço Social. Ela trabalhou vários trabalhos de ação social e de ensino, até que ela começou sua carreira como escritora.
Em novembro de 2011, Colleen começou a escrever seu primeiro romance, sem nenhuma intenção de ser publicado. Ela foi inspirada por um poema lírico, "decidir o que ser e ir ser isso", a partir de uma canção Avett Brothers "Cabeça cheia de dúvidas / estrada cheia de promessas". Devido a isso, ela incorporou letras Avett Brothers em toda a história. Depois de alguns meses, seu romance foi revisado e dado 5 estrelas por grande blogger de livros, Maryse Preto. Com isso, as vendas aumentaram rapidamente, e por insistência dos fãs, teve sua sequela, Pointo de Retreat, ambos na lista New York Times Best Seller.


Dessas da foto já foram publicados pelo selo da Record - Galera Record Métrica, Pausa, Essa garota, Um caso perdido, Sem esperança ( Losing Hope) e em breve os outros também serão lançados.


  • Colleen Hoover na Bienal do Livro 2015

Foi confirmada a vinda da escritora norte-americana Colleen Hoover para a Bienal do Livro Rio. A autora de "Métrica", "Pausa", "Essa Garota", "Um Caso Perdido" e "Sem Esperança" irá participar de sessão de autógrafos na Bienal, em setembro. Está confirmado também para o segundo semestre o lançamento de mais duas obras da autora: "Finding Cinderella" e "Ugly Love".

Além de filme que vai sair!
Ansiosa para que a Bienal chegue logo rs, Se você ainda não leu nada da autora, fiquei de olho nessa semana e confira as resenhas e a surpresa que teremos.
Até mais.


Clube do Livro Saraiva - Abril - New Adult.

Créditos da imagem: Tita Mirra.

 “ Eu costumo falar que gosto tanto de livro, que transborda.”
Frini Georgakopoulos.

 Hoje foi dia de Clube do Livro Saraiva, apresentado pelas divas Frini do Cheiro de livros e Tita Mirra do Rock’N’Romance.

Foto retida do Blog O Espaço Entre!

 Eu fui.
 Fui e amei.
 Amei tanto que cheguei em casa e decidi que não dormiria antes de fazer esse post.
 O Clube do Livro Saraiva acontece uma vez por mês, e em cada um é abordado um tema diferente. O tema desse mês foi o New adult, dando como exemplos alguns títulos da Galera Record. E o que é New Adult?
New Adult são livros onde os personagens têm entre 18 e 20 e poucos anos e estão na transição entre a adolescência e a vida adulta. Os temas abordados as vezes são um tanto polêmicos, mas são assuntos que estão aí no mundo, por mais que as pessoas queiram acreditar que o mundo é simples e que as reportagens são apenas histórias que passam na televisão.
Acredito, que sem ter preconceito envolvido, esse gênero é mais lido por mulheres. É uma espécie de sociedade, onde boa parte das mulheres do mundo se junta em um suspiro coletivo pelos Travis, Holder, Lucas, e afins da vida. Como não amar? Com uma imensidão de personagens, é IMPOSSÍVEL você não encontrar um que gostaria de trazer para a vida real após assassinar sua alma gêmea da ficção.
 Alguns títulos que li e amei:


 Um bate-papo que eu achei super interessante, foi o que nós leitores tivemos com a tradutora Cláudia Mello Belhassof, afinal, todos nós sabemos que até os livros chegarem em nossas mãos, eles passam por muitas etapas, principalmente quando vem de outro país. Muitos leitores que lêem em inglês, passam meses, ou até mesmo anos, esperando e fazendo macumba para que seus títulos favoritos venham a ser publicados no Brasil, para que finalmente possam tê-los em nossas estantes, já que já se encontram em seus corações. <3

Créditos da imagem: Midiã Santos.

 Eu não leio em inglês, mas tenho amigos que lêem e no final, após ouvir as histórias por eles, me vejo na torcida para que o livro seja publicado aqui no Brasil e eu possa finalmente ler e comentar também.
 Mas continuando, a Cláudia esteve lá e nos esclareceu alguns pontos, como por exemplo, que não é uma tarefa simples e automática, como se você lesse e só passasse para o papel ao lado o que está escrito lá. Não mesmo. Trata-se de uma interpretação, para que como foi dito no evento “o autor não perca a sua voz”. Imagina que complexo?
 Ou então, imagina ter que ler e traduzir cenas mais... picantes? Como passar para o leitor exatamente o que o autor quer, sem saber o que o autor estava pensando no momento? Só sendo de coração.
 Existe uma porção de livros que lemos que acabam com os nossos corações, e outros que começamos, mas que não conseguimos terminar, mas para quem traduz, independente do sentimento, é necessário a conclusão do trabalho. Já imaginou traduzir um livro entre lágrimas? Pois é, eu pelo menos não havia pensado nisso até o dia de hoje, e só tenho a dizer que a Cláudia e os demais tradutores do mundo estão de parabéns, porque é um trabalho extraordinário!
 Fiquei super feliz com o retorno do carinho das autoras, que enviaram recados para nós, simples mortais que aguardamos ansiosamente por novas histórias escritas por esses astros da literatura. Simplesmente, lindo. <3
 Não preciso nem dizer que saí de lá com uma lista mental dos livros que vão ser lançados e eu preciso ter. #PrevejoPobreza
 Resumindo: Clube do Livro Saraiva é muito amor!





[Filme] Cinderela



Sinopse: Após a trágica e inesperada morte do seu pai, Ella (Lily James) fica à mercê da sua terrível madrasta, Lady Tremaine (Cate Blanchett), e suas filhas Anastasia e Drisella. A jovem ganha o apelido de Cinderela e é obrigada a trabalhar como empregada na sua própria casa, mas continua otimista com a vida. Passeando na floresta, ela se encanta por um corajoso estranho (Richard Madden), sem desconfiar que ele é o príncipe do castelo. Cinderela recebe um convite para o grande baile e acredita que pode voltar a encontrar sua alma gêmea, mas seus planos vão por água abaixo quando a madrasta má rasga seu vestido. Agora, será preciso uma fada madrinha (Helena Bonham Carter) para mudar o seu destino...

Cinderela
Dirigido por: Kenneth Branagh (dirigiu Thor e interpretou Gilderoy Lockhart em Harry Potter). 
Elenco: Lily James, Richard Madden, Cate Blanchett, Helena Bonhan Carter e Stellan Skarsgard.
Ano: 2015.
Gênero: Live-action de fantasia romântica.


      Olá pessoal, vim falar de Cinderela que estreou começo de Abril nos cinemas e que eu já assisti duas vezes.
      A história é a mesma do conhecida animação da Disney e que acredito muita gente já ter visto em alguma fase da infância.
       Cinderela perde a mãe, anos depois o pai casa e vem também a falecer, então, Cinderela fica aos cuidados da madrasta e tem fada madrinha, príncipe e sapatinho perdido.
      Cinderela não é minha história favorita de animação da Disney, mas fiquei ansiosa para assistir essa adaptação já que Caminhos da Floresta como musical não e agradou.
      Mesmo já conhecendo a história Cinderela e ganhou primeiro pleo elenco. Eu destaco a madrasta interpretada pela talentosa Cate Blanchett. Ela conseguiu dá vida muito bem a essa mulher má, invejosa que eu conhecia do desenho. As "irmas" da Cinderela também me proporcionaram ótimas risadas por serem tão burras que chegavam a ser cômicas.




        Já os personagens que não me convenceram ou não simpatizei muito foram o Príncipe, não consegui gostar dele, achei emotivo demais rs e a fada madrinha pelo simples fato de não conseguir enxergar uma fada quando passei anos vendo a como uma bruxa rs. ( Eterna Bellatrix ),, mas que mesmo não gostando dela como fada madrinha me diverti pelo jeito como ela se apresenta a   Cinderela e o modo que faz a mágica .




      Outros motivos que me fizeram gostar do filme foram os cenários e figurinos. Os dois vestidos da Cinderela eram lindos, a da madrasta caiu perfeitamente com o personagem, tanto a casa da Cinderela como o Palácio eram lindos. A Disney caprichou nesse ponto.


      E por fim, a mensagem que se passa no filme: Ter Coragem e ser gentil! Não é fácil conseguir nem um dos dois, não na situação em que ela passa de ser humilhada na sua casa, de perder tudo que amava e não culpar os outros. Nas cenas em que ela é humilhada, ouvia as pessoas reclamando, dizendo que não aceitaria a situação, e quando chega a hora que ela pode dar o troco, quando o sapatinho de cristal entra no seu pé e o Príncipe finalmente é seu, ela perdoa a madrasta e esse ato fecha a moral da história.

Trailler Cinderela:

      

A Disney aproveitou o filme para presentear os fãs de Frozen com um especial antes do filme começar e foi divertido matar a saudade do Olaf, Elsa, Ana e companhia..


 Já assistiu? Se sim, me diz o que achou. Espero que tenham gostado do post!
Até mais!


[Resenha] Fale!


Título: Fale! 
Autora: Laurie Halse Anderson
Editora: Valentina
Sinopse: “Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer.” Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia.
E agora ninguém mais quer saber dela, nem ao menos lhe dirigem a palavra - insultos e deboches, sim - ou lhe dedicam alguns minutos de atenção, com duvidosas exceções. Com o passar dos dias, Melinda vai murchando como uma planta sem água e emudece. Está tão só e tão fragilizada que não tem mais forças para reagir.
Finalmente encontra abrigo nas aulas de arte, e será por meio de seu projeto artístico que tentará retomar a vida e enfrentar seus demônios: o que, de fato, ocorreu naquela maldita festa?



"Fale!" foi um livro impactante. Já tinha ouvido falar muito bem dele, mas mesmo assim quando comecei a ler foi bem melhor do que eu já imaginava. A Melinda é uma garota jovem, ainda no ensino médio e que sofreu um trauma terrível, durante uma festa dos veteranos. E ela não conta para ninguém o que aconteceu. Ela ligou para a polícia no dia e fugiu. Todos a consideram agora uma fofoqueira, x9, estraga prazeres, etc. As pessoas começam a maltratá-la, jogam bolas de papel, são hostis e não falam ou sentam com ela. E Melinda vai se fechando cada vez mais.


“É mais fácil não dizer nada, fechar a matraca, passar o zíper, calar o bico. Toda aquela babaquice que você escuta na TV sobre se comunicar e expressar o que sente não passa de uma mentira. Ninguém quer realmente ouvir o que você tem a dizer.”


Mesmo suas melhores amigas não falam mais com ela e isso faz com que se sinta cada vez mais retraída e ela praticamente para de falar.
Seus pais estão sempre discutindo e não sabem o que fazer com a filha que agora é "rebelde" (pelo menos é o que eles pensam), tira notas baixas, se tranca no quarto e não quer falar. Acham que é uma fase, que está apenas sendo uma adolescente difícil e alguns puxões de orelha vão se ser suficientes para a pôr de volta nos eixos.
Melinda descobre um quartinho no colégio e começa a passar lá alguns períodos de aula. Vem sendo cada vez mais difícil fingir normalidade quando tudo dentro dela quer gritar.


“Não dá para saber quando as pessoas estão mentindo.”


Ela está acuada, com vergonha, culpada e com medo. Medo de que ninguém acredite nela. Medo que ninguém se importe. Medo que aconteça novamente. A maior parte dela quer falar, quer dizer o que aconteceu, mas ela não consegue. Seus lábios estão feridos, em carne viva porque sempre que a verdade tenta sair por eles, ela engole de volta.


“Quando as pessoas não se expressam, vão morrendo aos poucos. Você ficaria chocada se soubesse quantos adultos estão realmente mortos por dentro, vivendo sem ter ideia de quem são, só esperando que um câncer, um infarto ou um caminhão acabe com eles. É a coisa mais triste que conheço.”


Melinda não sabe mas, se inscrever na aula de artes vai mudar tudo, porque nem sempre para falar precisamos de palavras e alguém vai escutar seu pedido de socorro silencioso e ajudá-la a colocar a verdade para fora.


“Do que as semente precisam para germinar: Se forem plantadas numa profundidade grande demais, não atingem a temperatura correta na hora certa. Se forem colocadas muito perto da superfície, serão devoradas por aves. Se chover demais, vão se encher de fungos. Se não chover o bastante, secarão. E mesmo se conseguirem germinar, podem ser sufocadas por ervas daninhas, desenraizadas por cachorros, esmagadas por bolas de futebol ou asfixiadas pelos escapamentos dos carros.
É impressionante que sobrevivam.”


Nós vemos a mudança de Melinda acontecer como as próprias estações, primeiro ela ainda  está em choque e assustada demais, depois ela fica abatida e deprimida por acreditar que ninguém se importa com ela e que ninguém vai querer ouvi-la. A seguir vemos seu florescimento, seu crescimento como pessoa e como mulher e quando ela finalmente fala, todos vão ouvir.


“Seja a árvore.”


Por fim o livro termina com uma entrevista com a autora e algumas questões para refletir. É maravilhoso e devia estar na biblioteca de todos os colégios.




SORTEIO DOS LIVROS DE JANE AUSTEN

A EDITORA LANDMARK no ano em que se comemoram os 240 anos do nascimento da escritora Jane Austen, irá sortear a partir do mês de abril livros da autora via paginada LANDMARK no facebook. De abril até novembro serão sorteados três livros por mês, um para cada internauta, e em dezembro, mês do nascimento da autora, iremos sortear a coleção completa para um ganhador.  

Como eu estou fazendo o desafio da Jane Austen, achei interessante compartilhar com vocês esse sorteio que a editora Landmark vai fazer durante o ano na sua página

Para informações e participar do sorteio da Editora é só clicar aqui

Vale ressaltar que as edições da Landmark são de capa dura e bilíngue.


Editora Parceira:


Crítica: Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)


"E VOCÊ CONSEGUIU O QUE QUERIA DESTA VIDA, APESAR DE TUDO?

CONSEGUI.

E O QUE VOCÊ QUERIA?

CHAMAR-ME DE QUERIDO, SENTIR-ME AMADO NESTA TERRA."


PSIUUU, ALERTA DE SPOILER!  
Na verdade, um monte de spoiler haha.
  

Em Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), acompanhamos a saga de Riggan Thompson (Michael Keaton), um ator famoso por ter interpretado o super-herói Birdman há 22 anos, e que não foi capaz de realizar um trabalho expressivo durante esse longo período. Buscando uma forma de ser reconhecido, Riggan aposta as suas últimas fichas em uma peça da Broadway, assumindo a direção e atuação de sua própria adaptação para um conto do escritor Raymond Carver. Entretanto, o ator enfrenta inúmeros contratempos durante a preparação da peça, sendo o primeiro deles a substituição de um dos atores do elenco pelo talentoso, e presunçoso, Mike Shiner (Edward Norton). Além da recepção negativa da crítica teatral e do provável resultado negativo de bilheteria, Riggan também se encontra diante de problemas na esfera pessoal: uma possibilidade de recaída de sua filha, que acabara de sair de uma clínica destinada a dependentes químicos, e a suspeita de gravidez de Laura (Andrea Riseborough), sua namorada. No meio de todo esse tormento colossal, Riggan ainda é perseguido pela voz de Birdman, que age como a sua consciência e insiste em criticá-lo por não ter prosseguido com a franquia que o deixara famoso e que permitiria que ele tivesse seu sucesso garantido.


Na trajetória de Riggan Thompson poderíamos enxergar a história de carreira do próprio ator Michael Keaton, apagado por exatos 22 anos, da mesma forma que o personagem que interpreta. Enquanto na vida real temos Keaton e seu trabalho como Batman, na obra do cineasta Alejandro Iñárritu nos deparamos com um Riggan assombrado pelo personagem Birdman. A interpretação de Keaton é visceral, e, na minha opinião, uma das melhores já realizadas pelo ator. O fato de construir um personagem sem obter referências externas, a não ser a própria vivência de sua carreira, já revela o seu enorme talento.  



Dentre os inúmeros panoramas discutidos em Birdman, é possível notar na trama a presença de três esferas que se chocam constantemente: o Cinema, o Teatro e a Tecnologia – no caso, do domínio da internet na contemporaneidade. Riggan Thompson representaria o Cinema dos chamados blockbusters, voltado para o consumo. Tal representação se choca, a todo o momento, com a figura do ator Mike Shiner, intepretado por Edward Norton – que, vale lembrar, está impecável no filme! – personagem que agiria como representante do Teatro. Mike Shiner, em seu comportamento arrogante e desinteressado para com a opinião do público, demonstra a sua opinião de que o Teatro seria o meio capaz de reunir atores realmente comprometidos com a Arte. Shiner, em uma das cenas, diz importar-se apenas com a opinião da crítica, que no filme é personificada na figura de Tabitha Dickinson (Lindsay Duncan), uma crítica teatral de Nova York que despreza Riggan e, nas suas palavras, “tudo o que ele representa”. Tabitha mostra-se, no momento em que Riggan a enfrenta, irredutível, declarando diversas vezes que irá destruir a peça adaptada por ele antes mesmo da sua estreia. 


Já Sam (Emma Stone), filha de Riggan, representaria a chamada geração Y, movida pela tecnologia e pela facilidade da transmissão de informações. Percebemos até mesmo o discurso afiado da personagem em um momento de discussão com o pai, afirmando que, ao rejeitar os mecanismos proporcionados pelas redes sociais, Riggan é que não existiria no contexto atual. Nas palavras de Sam, o fato do pai investir na peça teria como única justificativa uma tentativa de estar novamente na mídia, afastando-se, portanto, de um comprometimento com a Arte. De fato, a cena em questão é forte não só pela carga emocional depositada pelos atores, mas também pelas falas apresentadas.

É de suma importância destacar o trabalho de interpretação de Emma Stone, magnífica no papel de filha problemática que busca pelo amor de seu pai:





Riggan: “É minha chance de fazer algo que signifique alguma coisa.”
Sam: “Signifique algo para quem? Você teve uma carreira, pai. Antes do terceiro filme de quadrinhos. As pessoas esqueceram quem estava por trás do pássaro. Você faz uma peça baseada em um livro escrito há 60 anos. Para pessoas brancas, velhas e ricas, que só se preocupam com o lugar que vão tomar café com bolo quando acabar. Só você se importa! E, falando sério, pai, você não faz isso pela arte. Você faz isso, pois quer ser relevante de novo. E adivinha? Há um mundo lá fora onde pessoas lutam todos os dias para serem relevantes. E você age como se não existisse! Coisas acontecem em um lugar que você ignora. Um lugar que, aliás, já se esqueceu de você. Quem diabos é você? Você odeia bloggers, tira sarro do Twitter, nem tem um Facebook. É você que não existe. Você faz isso porque morre de medo, como todos nós, que você não importe. E sabe do quê? Tem razão, você não importa. Isso não é importante. Você não é importante. Acostume-se.”


Logo no início do filme, é possível notar um pedaço de papel colado no espelho à frente de Riggan, com a frase “Uma coisa é uma coisa e não o que dizem daquela coisa”. O fato de Riggan tentar prosseguir com a sua carreira em outra vertente, que não aquela pela qual ficara famoso no passado, de certa forma despertou a ira daqueles que já pertenciam a esse novo mundo, o mundo teatral. A crítica nova-iorquina Tabitha Dickinson rejeita tudo aquilo que Thompson representa, assim como a sua tentativa de adentrar no mundo em que ela está inserida. A sua postura inflexível ao afirmar que irá produzir uma crítica destruidora da peça dirigida, estrelada e escrita por Thompson, demonstra – de forma um tanto quanto caricata – um preconceito que ainda é bastante latente nesse meio. Na cena em questão, é possível notar a presença de diálogos cortantes, diretos no que tange aos trabalhos realizados tanto por Tabitha quanto por Riggan. Nas palavras do personagem de Keaton, não há na crítica elaborada por Tabitha abordagens sobre “técnica, estrutura e intenção”; trata-se apenas de uma fórmula, pré-estabelecida, construída de maneira “preguiçosa”:



Tabitha: “(...) Eu não ouvi uma palavra ou sequer assisti a pré-estreia, mas após a estreia de amanhã, escreverei a pior crítica que já leram. E vou acabar com a sua peça.”
Riggan: “Gostaria de saber o porquê.”
Tabitha: “Porque odeio você e tudo o que você representa. Intitulados, egoístas e crianças mimadas. Totalmente destreinados, desconhecedores e despreparados para produzir arte de verdade; entregando prêmios um ao outro por cartum e pornografia, e gastando seus ganhos nos fim de semana. Bem, este é o teatro. Você não pode vir e fingir escrever, dirigir e atuar na sua peça de propaganda sem passar por mim primeiro. Então, boa sorte.”
Riggan: “O que tem que acontecer na vida de uma pessoa para acabar se tornando um crítico? O que está escrevendo, outra crítica? Ela é boa? É? É ruim? Você assistiu? Deixe-me ler isso (...) 'Inexperiente'. Isso é uma etiqueta. 'Desbotado', etiqueta. 'Marginal'. Marginal, está brincando? Parece que precisa de penicilina para limpar isso. Isso não passa de etiquetas. Você só sabe etiquetar tudo. Você é uma filha da mãe preguiçosa. Você é preguiçosa! Você sabe o que é isso? Você nem sabe o que é isso, não sabe. Sabe por quê? Você não pode ver isso se não rotulá-la. Você confunde esses sons na sua cabeça com verdadeiro conhecimento.”
Tabitha: “Acabou?”
Riggan: “Não, não acabei. Não há nada aqui sobre técnica, sobre estrutura, nada sobre intensidade. Só opiniões de merda feitas por comparações de merda. Você escreve alguns parágrafos... Sabe do quê? Nada disso custou nada a você. Você não está arriscando nada, nada. Eu sou a porra de um ator. Essa peça me custou tudo. Então, é o seguinte: pegue essas maliciosas e covardes críticas de merda, e enfie no seu enrugado... rabo apertado.”
Tabitha: “Você não é um ator, é uma celebridade. Sejamos claros nisso. Acabarei com sua peça.”

Outra personagem que me chamou bastante a atenção, pelo transbordamento de emoções, foi Naomi Watts. Leslie, a personagem vivida por Watts, sempre sonhara em ser uma grande atriz da Broadway. Entretanto, mesmo alcançando esse que seria o seu maior sonho, Leslie se sente vazia e da mesma forma que era há anos atrás: uma garotinha frágil e sonhadora, que ainda luta pela aceitação e pelo reconhecimento no meio artístico. E é através desse sentimento de Leslie que percebemos a tamanha fragilidade que afeta atores não só dos teatros, mas também de outras vertentes.



Nessas inúmeras facetas que compõem Birdman, é possível notar também o embate não só do Teatro e do Cinema blockbuster, mas também desse próprio Cinema com o do Cinema chamado de cult. E a questão de todos esses embates gira em torno de algo que muita das vezes é feito de forma inconsciente não só por parte da crítica, mas também pelo próprio público: a rotulação; e com esse problema de rotulação, muitas experiências interessantes não são vivenciadas, justamente porque em muitos casos, não há um interesse por parte do indivíduo em sair de sua "zona costumeira".

Além do forte elenco que o compõe e do roteiro, outro ponto a se levantar sobre Birdman repousa sobre as técnicas utilizadas, como o falso plano-sequência, por exemplo, que atribui ao filme um ar de continuidade - uma característica que poderia remeter ao próprio ambiente teatral. O movimento da câmera, verdadeira voyer, ziguezagueando pelos corredores do teatro e pelas ruas de Nova York – e aqui eu destaco a corrida de Michael Keaton apenas de cueca no meio da multidão da Times Square hehe –, concedeu ao filme um caráter único, fazendo toda a diferença no resultado final. O “plano-sequência” é quebrado apenas após o tiro dado por Riggan, contra o seu próprio nariz, no último ato de sua peça. 

Reforço que o trabalho de montagem promovido em Birdman foi admirável, os cortes realizados durante as filmagens se tornaram quase imperceptíveis após a edição, dando a noção de um único só take. Esse incrível projeto de montagem se uniu ao perfeito trabalho de fotografia, criando uma ambientação fluida e natural. 

Outro ponto interessante está na escolha da trilha sonora, composta basicamente por uma bateria que soa de forma descontínua e improvisada, atuando até mesmo como "personagem" na trama.



Um aspecto chamativo da obra de Iñárritu diz respeito também ao uso de elementos surrealistas, como os poderes de Riggan, por exemplo, que criaram uma aura capaz de interferir até mesmo na camada realista do filme. E é imerso desse misto de o que é real e o que é fantástico, que se encerra Birdman. Ao acidentar-se, Riggan acorda em um leito de hospital, e percebe que tudo o que ele mais almejara é, por fim, conquistado: o amor do público advindo do sucesso de sua peça. E vitorioso, ele ascende às alturas, semelhante a um pássaro alçando voo. 

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) é um filme maravilhoso em diversos aspectos, além de ser um trabalho original, crítico e extremamente poético do diretor Alejandro Iñárritu.  


E vocês, o que acharam de Birdman? E da sua cena final? Gostaríamos muito de saber a opinião de vocês!

Beijos a todos, e até a próxima! Tchüss :*

 
 
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