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Resenha - P.S. Eu te amo, Cecilia Ahern

“Ela percebe que a vida deve ser vivida, mas que é sempre bom ter alguém para te guiar.”

Sinopse:
Existem amores que duram mais que uma vida. Algumas pessoas esperam a vida inteira para encontrar sua alma gêmea, mas esse não é o caso de Holly e Gerry.
Eles eram amigos de infância, portanto conseguiam saber o que o outro estava pensando e até quando brigavam eles se divertiam. Ninguém conseguia imaginá-los separados. Até que o inesperado acontece e Gerry morre, deixando Holly devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas, no qual Gerry, gentilmente, escreveu uma carta para cada mês da nova vida dela sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca. Ela percebe que a vida deve ser vivida, mas que é sempre bom ter alguém para te guiar.


Eu acho que a maioria conhece a história da Holly e do Gerry e das cartinhas que ele deixa para ela depois de morrer. Já que o livro virou filme e foi relançado pela editora Novo Conceito.
È muito difícil você falar para as pessoas de um livro que você gosta muito porque sempre parece que você está babando muito pela história, mas gente, impossível não gostar dele. Eu li o livro muito tempo atrás e bem antes de sair à adaptação no cinema, achei na internet e li. Na época eu conseguia ler bastantes livros no computador e lembro que fui para a casa de uma amiga ver o filme que estava passando na TV a cabo. O filme foi bom, mas como é de se esperar não deu o impacto que o livro dá.
O livro é narrado em terceira pessoa e a Cecelia soube escrever, eu me lembro de não conseguir parar de ler e chorar durante alguns trechos dele. Eu realmente tenho  amor por essa história e engraçado que só quem passou por uma perda grande consegue olhar e reconhecer as fases do luto que a Holly passa no livro.
Vale muito a pena ler, é emocionante e eu o comprei para deixar na estante e reler sempre que me bater saudades da história ou do Gerry e do jeito que ele ajudou a Holly a enfrentar o luto e seguir a vida. E eu gostei dele por completo!
Então, se você ainda não leu P.S. Eu te amo CORRE!
porque tenho certeza que vai gostar da história.

Beijos gente!
Até a próxima!!

Crítica: A Liberdade é Azul (1993)



O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante. – Sigmund Freud

Krzysztof Kieslowski, em A Liberdade é Azul, traduz na tela o conflito entre liberdade e sofrimento. No filme, pertencente à sua brilhante Trilogia das Cores, o cineasta polonês narra a história da modelo Julie Vignon (Juliette Binoche) e sua busca incessante de desligar-se do seu passado trágico.

Após perder seu marido, um famoso compositor, e sua filha em um acidente de carro, Julie vê como única saída para diminuir seu sofrimento a abdicação de tudo aquilo capaz de retomá-la ao passado. Não apenas seus bens materiais, mas também seus ciclos de convivência. O único elo entre passado e presente não eliminado por Julie é o lustre de cristais azuis pertencente ao antigo quarto de sua filha. Entretanto, todas essas tentativas a fim de quebrar seu vínculo com o passado, apenas serviriam para maximizar sua tristeza, seu luto. Após um bom tempo de reflexão, Julie percebe que para diminuir seu sofrimento não deveria desligar-se de suas lembranças e do mundo, mas sim prender-se a algo. Com isso, volta todas as suas atenções para terminar a obra inacabada de seu marido, e também reestabelece o contato com amigos e parentes.



Juliette Binoche vive a modelo Julie Vignon 


Sutil, sensível, poético. “A Liberdade é Azul” se destaca em vários aspectos, sendo um deles atuação brilhante de Juliette Binoche, que transpassa toda dor e angústia de sua personagem; como no cena em que acaricia a tela da televisão ao assistir o funeral de seu marido e de sua filha, ou provoca ferimentos em sua mão ao passar próximo de um muro de pedras com o intuito de diminuir parte de seu sofrimento. Vale ressaltar também a inteligente combinação da tela preta com os acordes furiosos da música clássica – que abrilhanta o filme – nos momentos em que Julie relembra o passado.

A Liberdade é Azul é o primeiro filme da renomada Trilogia das Cores, que conta também com A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha (super recomendados!). Tal trilogia fora baseada nas cores da bandeira da França e nos três ideais que compõem o lema da Revolução Francesa, onde cada filme apresenta as consequências da aplicação de cada um desses ideais. Ambos são sentimentos positivos, porém percebemos que a liberdade em A Liberdade é Azul – assim como os respectivos ideais apresentados nos dois filmes seguintes – trouxe uma carga repleta de dor à vida de Julie Vignon, onde a única saída encontrada por ela fora, de fato, a abdicação da mesma. 


Trilogia das Cores: A Liberdade é Azul
Título original: Trois Couleurs: Bleu 
Direção: Krzysztof Kieslowski
Ano de lançamento: 1993 (França)
País: França/Polônia/Suíça 


Galera, espero que vocês tenham gostado da minha primeira publicação! Lembrem-se de se inscrever aqui no blog, assim vocês poderão receber todas as nossas atualizações. Um super beijo e até a próxima =)

Resenha - Eu sou o Mensageiro, Markus Zusack


Sinopse:        

Ed Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há pouco; a mãe parece desprezá-lo.Certo dia, ele impede um assalto a banco e é celebrizado pela mídia. O ato heroico tem consequência. Logo depois, Ed recebe enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma sequencia de ases de ouros, paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido, enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro, morto há mais de meio século.A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade. A certa altura pergunta-se: "Eu sou real?" Markus Zusak cria um personagem comovente capaz de confrontar o mistério e, por meio da solidariedade, empreender um épico que o levará ao centro de sua própria existência.


Markus Zusak  surpreende novamente com essa história que não parece em nada com a menina  que roubava  livros!  Eu fui influenciada a comprar  por causa da menina que roubava livros  e não me arrependi. O Ed tem uma vida sem graça, sem expectativas e as coisas mudam depois de se sair como herói de um assalto . Então, ele começa a receber as cartas de baralho e a história, enfim, começa.   A história  ao decorrer do livro cresce e você se vê envolvido por ela e querendo saber  qual será a próxima missão do Ed, que ao  longo do livro  amadurece.  Eu não sei se teria a coragem dele, (tudo bem) tá bom que até ele tem medo de ir em algumas dessas missões..  O livro é bem escrito, tem palavrões e romance . O que levei do livro é que ás vezes  achamos nossas vidas chatas ou difíceis e mal nos damos conta que tem gente passando por coisas  piores!
Eu recomendo o livro, (acho que) vocês vão gostar.. todas as pessoas com as quais falei sobre ele até hoje, amaram!  Leiam e me digam o que acharam !! 

Estou feliz em começar o blog junto com meus amigos.
Sou a Isadora Ribeiro, 20 anos , carioca  e aluna de Letras na UFRJ! 
Ao longo das próximas resenhas  vocês vão nos conhecer melhor!
Bem , espero que tenham gostado da resenha,
 até aproxima.. beijos!

As Pelejas de Ojuara - Nei Leandro de Castro


            As Pelejas de Ojuara é um romance lançado originalmente em 1986 que, em 1991, recebeu uma segunda edição pela editora Nova Fronteira. É um livro de Nei Leandro de Castro, um Potiguar (ou norte-rio grandense) que fazia parte do movimento poema/processo. Era advogado e, antes desta ilustre obra, escreveu ainda diversos livros de poesia, sempre com o conteúdo um pouco, ou completamente, erógeno. Já no gênero de romances, escreveu O Dia das Moscas Dunas Vermelhas, antes de As Pelejas de Ojuara, e A Fortaleza dos Vencidos, depois de As Pelejas de Ojuara, sendo este terceiro, seu último livro publicado em 2009. Com As Pelejas de Ojuara, Neil de Castro (como era conhecido na época) foi premiado pela União Brasileira de Escritores em 1987. O livro trata, basicamente, das andanças de seu personagem principal, Ojuara. Repleto de misticidade e alusões à cultura afro-brasileira, esse livro demonstra alguns costumes e hábitos do nordeste da época.
De muitas formas, narrativas já foram iniciadas, e essa se inicia pelo começo, “mas como assim? toda narrativa começa pelo começo ...”, deixe-me explicar: a narrativa se inicia na hora do nascimento de Ojuara, que até então era Araújo. “Oras, como assim, ele nasceu dele mesmo?”. Leia a passagem a seguir e tente entender, caro leitor:
Verdade seja dita, Ojuara nasceu numa tarde de agosto, aos vinte e oito anos de idade. Até então, ele não passava de um bedamerda empregado no armazém do sogro[...]” (Se não entendeu ainda, vá agora comprar o livro e trate de entender).
Araújo, em suma, foi obrigado a casar com uma turca a qual desvirginou (cena muito bem relatada por sinal), e depois de anos sendo subjugado a sua mulher e ao sogro, ele finalmente morre e deixa espaço para que Ojuara nasça e, diga-se de passagem, que belo nascimento, com uma das melhores ameaças que já li na vida: “Com um murro na sua cabeça, seu bosta, eu tapo seu cu com o osso do pescoço, Quer ver?”. Logo após esse acontecimento, as aventuras de Ojuara começam, que vão de um local onde tudo era comestível, das montanhas (que eram de rapadura) às lagoas (que eram de mel) até uma prostituta que  consegue tirar pregos de tábuas com a xiranha vagina.
            As Pelejas de Ojuara, foi o primeiro livro brasileiro pelo qual realmente me fascinei, e o escolhi como primeira postagem por esse motivo. Já li esse livro umas quatro ou cinco vezes e sua comédia ainda me faz rir da mesma forma (parece até um episódio de Chaves). Ele me agradou tanto, não só pelo seu conteúdo de sacanagem erógeno, mas também e, principalmente, por suas alusões à cultura brasileira, à afro-brasileira e à literatura de cordel, como fica claro na passagem em que Ojuara voa no Pavão Misterioso, tema do folheto mais conhecido da literatura de cordel, de José Camelo.

Onde comprar:



É isso leitores, essa foi minha primeira postagem no blog, espero que gostem e que acompanhem a mim e as minhas amigas. Não se esqueçam de se inscrever aqui do lado para receber as atualizações do blog. 
 
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