[Resenhas] O Falso Príncipe - Jennifer A. Nielsen

Título: O Falso Príncipe

Autor (a): Jennifer A. Nielsen

Editora: Verus

Sinopse: Em uma terra muito distante, a guerra civil é iminente. Para unificar o reino, um nobre chamado Conner trama um plano ousado, procurando por um garoto que se passe pelo filho desaparecido do rei e assuma o trono. Quatro órfãos são forçados a competir pelo papel, entre eles o rebelde e esperto Sage. O garoto sabe que os motivos de Conner são mais do que questionáveis e que sua vida está por um fio - se ele não for escolhido como príncipe na farsa, será morto. Seus rivais tem suas próprias táticas para vencer, e Sage não pode confiar em ninguém. Depois que Sage se muda do orfanato miserável onde vivia para o suntuoso palácio de Conner, os planos de seu novo mestre vão ficando mais e mais claros, até que finalmente a terrível verdade é revelada, provando-se muito mais perigosa do que qualquer mentira na qual ele já acreditou.

O Falso Príncipe foi uma leitura rápida e viciante, cheio de surpresas e reviravoltas. Sage é um menino órfão muito esperto e cheio de respostas rápidas. Sua língua muitas vezes acaba colocando-o em vários problemas. Sage tem um dom para se apropriar das coisas de outras pessoas, ou seja, um dom especial para o roubo. Ele estava voltando de uma de suas “caçadas” quando se deparou com um nobre na sala da diretora do orfanato. O nobre havia pagado por ele e iria levá-lo. Até aí, tirando o inconveniente de ser tratado como uma mercadoria, nada demais. Mas quando ele chega à carruagem percebe que há mais três órfãos. Sage começa a se dar conta de que ele e os outros poderiam estar em perigo e por diversas vezes tenta escapar daquela situação e falhando todas as vezes.

Conner, o nobre que pagou por eles, revela que após um ataque covarde contra a família real, todos estão mortos e que se os outros descobrissem haveria uma guerra civil para ocupar o trono. Conner diz que precisa deles para que treinem e compitam entre si para se passarem pelo príncipe. Mas claro que quem não estivesse de acordo com essa ideia poderia ir embora. Por um instinto desconhecido Sage fica em seu lugar, mas um dos garotos estava doente e resolve não participar da trama, afinal, não poderia competir de igual para igual com os outros. Porém, a saída que Conner oferece é a morte. Imediata. Sage acaba sendo dissuadido a ficar depois de ver o jovem morrer na sua frente sem que pudesse fazer nada para impedir.

Sage logo vê que não será fácil escapar daquela situação e a cada dia que passa é um dia a menos que ele terá para aprender a ser o príncipe. Sage é voluntarioso, esperto e audacioso, mas terá que superar vários desafios para conseguir a coroa e provar que pode ser o príncipe de Conner. Mas ele realmente quer a coroa? Para Sage tomar a coroa é o mesmo que desistir de sua liberdade, pois ao se tornar o príncipe Sage terá que se submeter à vontade de Conner e ser controlado por ele pelo resto de seus dias porque ele seria apenas um meio para Conner adquirir a coroa. Para Conner reinar.

Sage terá escolhas difíceis pela frente e aguentar as consequências que virão com essas escolhas. O que ele vai preferir? A coroa ou sua liberdade? E ele estará disposto a morrer por qualquer uma delas?