Boa noite leitores, surgimos com a ideia dessa coluna para que não só o leitor possa falar, mas o livreiro, que tá do outro lado, também possa ter sua chance.
- Canibalismo Amoroso
Ele disse que a amava.
Ela não acreditou. E exigiu, como todas as mulheres, uma prova de amor.
Ele achou tratar-se de um carro novo, jóias, dinheiro ou viagens pelo mundo.
Ela queria muito mais do que isso.
Mais sexo talvez?
Não. Sangue. O dele.
-O que?! Enlouqueceu de vez. Não mesmo, sem chance...
Ele não a amava. Era a prova que ela tinha. E insistia nisso.
Pressionado, ele consente. Faz um pequeno furo no dedo indicado para que ela experimente durante horas seu sangue. Tem gosto metálico e é quente. Com o tempo vicia. Com o tempo ela exige mais com a cara mais angelical do mundo. Inesperadamente lhe arranca um dedo com uma dentada. Ele também, com uma dentada lhe arranca uma parte da orelha esquerda. A noite acaba sendo uma festa, regada a muito sangue, pintando toda a sala de vermelho. Espalhando vísceras. Até que os dois tombam exaustos no chão. E mortos. Ele sem o cérebro, e ela sem o coração.
Quem estreia a coluna é o livreiro Diogo Santana.
Escritor.
Sujeito permanentemente a subestimação social: Tímido, franzino, com poucos amigos.
Amaldiçoado.
Que em retribuição, e como forma de vingança ao destino, passa o tempo a ridicularizar e a diminuir seus contemporâneos simplesmente com o recurso da língua. Mas é a única coisa que o faz ter algum tipo de prazer na vida.
O que na prática, não ajuda muito.
Então é isso leitores, espero que gostem da novidade.
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Adorei a nova coluna, um espaço a mais para talentos escondidos.
ResponderExcluirGostei do texto, muito criativo.
=)