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[Entrevista] Sávio Lopes


Olá, galera! Tudo bem?
Hoje vamos conhecer mais um pouco o escritor brasileiro Sávio Lopes, autor do livro Deixe a Inglaterra Tremer! Se você ainda não leu nossa resenha, clique aqui. 


Entre Vírgulas – Você morou na Inglaterra por um tempo e baseou-se em suas próprias experiências ao escrever Deixe a Inglaterra Tremer. Quais foram as três coisas que você mais amou durante a sua estadia em Londres? E as que não lhe agradaram?

Sávio Lopes – As três coisas que mais gostei: os amigos que fiz; as múltiplas culturas que convivem na cidade, tornando-a diversa; A beleza arquitetônica e histórica da cidade.
As três coisas que menos gostei: algumas pessoas que tive o desprazer de conhecer e a sensação de isolamento que a cidade às vezes parece nos dar.


EV – Qual foi a sua motivação em não citar o nome do narrador?

SL – O objetivo foi deixar aberto à interpretação se a história é ficcional ou autobiográfica, visto que ela é um pouco dos dois. Além disso, pelo fato da história envolver basicamente acontecimentos cotidianos (não ser uma literatura fantástica), gosto da ideia dos leitores imaginarem que aquele narrador poderia ser qualquer pessoa, inclusive ele próprio.


EV – Na construção do personagem principal, você utilizou a personalidade de pessoas diferentes ou ele se baseia integralmente na sua própria personalidade?

SL – Ele é baseado em outros personagens. Enquanto escrevia Deixe a Inglaterra Tremer eu estava estudando dois livros que inspiraram o protagonista/narrador: O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger e Notas do subsolo, de Dostoiévski. Este arquétipo de personagem socialmente indiferente e que está sempre praguejando foi inspirado em Holden Caulfield e no homem do subterrâneo.


EV – Sabe-se que a música é bastante presente no seu livro. Qual foi o nível de contribuição dela durante a elaboração de Deixe a Inglaterra Tremer?

SL – Contribuiu muito! As músicas citadas no livro não foram usadas somente para criar uma trilha sonora para a história, mas elas também foram escutadas durante o processo de escrita. Por isso, muitas delas penetraram a história e o seu universo ficcional; de forma que nem tudo que está escrito ali foi vivido por mim, mas, muitas vezes, experimentado através dessas músicas.


EV – Ao longo do livro, acompanhamos o dia-a-dia de um jovem estudante brasileiro no exterior. Em sua opinião, qual a importância de ingressar em um programa de intercâmbio?

SL – Acho que viagens que possuem como intuito explorar determinada cultura são muito enriquecedoras. Não necessariamente um programa de intercâmbio, mas mochilões, passeios de longas durações e todas as formas de viagem que não se limitam a conhecer os locais turísticos “óbvios” e construídos para mostrar uma imagem pré-determinada do país ou região. Conhecer pessoas de culturas diferentes, trocar ideias, experimentar, tudo isso é muito engrandecedor.


EV – Uma das bases do Entre Vírgulas é destinada aos livros. Você acredita que os blogs literários sejam uma ferramenta importante na divulgação de autores e apresentação de novos títulos aos leitores?

SL –
Sim, são ferramentas muito importantes! É muito dificil para um autor iniciante conseguir espaço na mídia oficial, por isso é muito bom existirem pessoas que se predispõem a conhecer algo totalmente novo, que muitas vezes nunca foi indicado por ninguém. É, ao meu ver, uma atitude muito nobre essa dos blogs, pois demonstra que são pessoas que possuem interesses que vão além do que é sugerido pela grande mídia.


EV – Deixe uma mensagem aos nossos leitores!

SL – Agradeço aos leitores do Entre Vírgulas pela atenção e pelo interesse em conhecer Deixe a Inglaterra Tremer! Espero que gostem =)

2 comentários :

  1. Olá.
    Adorei a entrevista e gostei muito de conhecer o autor.
    Fiquei curiosa em ler seu livro.

    Parabéns pelo blog.
    Beijão...
    Não deixe de participar da promo de aniversário que está rolando no blog: http://maniacompulsivaporlivros.blogspot.com

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  2. Parabéns primo!
    Vc é 10!
    Abraços

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