Título: Véu da Inocência
Autor: Blythe Gifford
Editora: Harlequin
Sinopse: Quando um comerciante misterioso e sedutor chega à casa da nobre Katrine de Gravere, ela reluta em lhe dar abrigo, mas finalmente cede. Afinal, receberia como pagamento lã suficiente para manter seus preciosos teares cheios. Dormindo debaixo do mesmo teto e a cada minuto tentado a acariciar os cabelos vermelho-fogo da inocente e reservada mulher, Renard se pergunta se ela suspeita de suas verdadeiras razões para estar ali. Em uma cidade onde ninguém está a salvo, Katrine desperta nele desejos proibidos. Renard poderia estar seguro de que ela não iria traí-lo?
Aqui vou eu, cumprindo mais uma etapa do desafio do "A Elite dos Livros". Esse mês um dos livros que eu tinha que ler era um histórico - meu terror pessoal.
Sim, tirando os da autora Judith McNaught, de histórico eu só li "Orgulho e Preconceito", "O Duque e eu" e "Mel do pecado" (esse último não é muito conhecido, mas é um livro incrível e vale não só a pena, vale a galinha inteira!)
Então eu lembrei que eu tinha Véu da Inocência na minha estante - que eu admito, comprei porque amei a capa e bem, a sinopse me convenceu do resto. Ele começou meio devagar, mas acabou me cativando.
A Kat é uma mulher solteira, com lindos cabelos ruivos e, graças à Deus, uma personalidade forte. Sim, ela não é dessas que fica chorando pelos cantos ou que fica agarrada aos seus sais. Ela é uma mulher de fibra que exerce sua profissão de tecelã com muito orgulho e amor. Porém, para a época, vocês podem imaginar como a situação dela era complicada. Sem mãe e com o pai trancafiado em uma prisão inglesa, ela tem que administrar o negócio sozinha. O que a deixa a mercê de seu tio, um homem muito
"Depois de ter reconhecido os próprios pecados, seria mais fácil perdoar os pecados alheios."
Ele quer fazer com que Kat fique presa em sua casa de uma forma ou de outra, então ela começa a se desesperar. Sem lã para exercer seu ofício ela não podia aplacar a ira de seu tio com o ouro, como costumava fazer quando seu pai estava fora.
"Seu corpo estava sarando. Sua alma ainda sofria."
É quando Renard aparece em sua vida, na forma de um contrabandista. Ele afirma que pode conseguir a sua tão desejada lã, pelo preço certo. Eles entram em acordo, mas nenhum dos dois confia no outro para revelarem sua verdadeira identidade, então ela o faz acreditar que é casada e ele a faz acreditar que é apenas um simples contrabandista.
"Acreditar nele foi tolice. A verdade, agora sei, é duplamente cruel."
Os dois começam a conviver juntos e a se sentirem atraídos um pelo outro. Mas há mais entre os dois do que apenas luxúria, os dois começam a querer a companhia e o afeto um do outro. Mas nenhum dos dois acredita que isso - o que quer que estejam sentindo - pode dar certo. Ela porque, ano após ano, seu tio lhe dizia que era culpada por despertar o desejo nos homens apenas por ser uma "filha de Eva" e que seus cabelos ruivos são a marca do próprio demônio. Ele a fez acreditar que nenhum homem poderia amá-la, eles apenas a desejariam por algum tempo, para saciar seu próprio prazer carnal. Ninguém se casaria com uma mulher que trabalha por sua própria conta e tem "a marca do demônio".
"Depois de ter reconhecido os próprios pecados, seria mais fácil perdoar os pecados alheios."
E Renard não acredita no amor, apenas na luxúria e essa deve ser reprimida a todo custo para que possa conquistar seus benefícios, porque se ele cedesse, certamente, perderia tudo, inclusive a si mesmo.
"O coração não disparou. Não sentiu que eles dois se pertenciam um ao outro.
Renard estava enganado. Não sentirei a mesma coisa com outro homem. Com nenhum outro homem
E a constatação foi ainda pior."
E no meio disso tudo temos a disputa pela lealdade daquele povo. A única coisa que o povo realmente queria era poder ter sua lã de volta. Se a lã voltasse, poderiam pagar por sua comida. Sem lã, não havia comércio... e nem ouro.
"A realidade alimentou seu ódio. Foi a unica coisa que aliviou sua dor."
O Renard me irritou muito, porque em vários momentos ela demonstrou o que sentia por ele e ele mesmo assim duvidava de cada palavra. E mesmo quando decidia uma coisa, pensava melhor e voltava atrás. Para mim, em alguns momentos, ele foi mais a mocinha da história do que a Kat.
Mas foi uma leitura rápida e bem prazerosa, mesmo para um histórico kk'.
Beijos.
Eu amo romances históricos então sou suspeita para opinar, esses de banca não curto muito, mas daria uma chance sim...rsrs
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