Título: Delírio
Autor (a): Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Sinopse: Muito tempo
atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado
na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A
ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos
sejam curados ao completar dezoito anos.
Lena Haloway está entre os jovens que
esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem
arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada,
ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será
designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua
família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a
intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade,
existem para proteger as pessoas.
Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona.
Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona.
Concluindo o desafio desse mês eu li “Delírio”.
Já estava pra ler esse livro há um bom tempo (comprei em 2013) e eu tenho que agradecer ao
desafio porque provavelmente ainda teria demorado mais um ano para ler.
Não sou de fazer comparações, mas a
história me lembrou “Reiniciados”. Deus sabe que é tão bom quanto!
Lena vai fazer dezoito anos e está prestes
a passar pela intervenção e ela mal pode esperar por esse momento.
Uma breve
explicação do que isso significa: A intervenção é a cura de uma doença chamada “amor”, denominado pelos cientistas como “Deliria” ou “Amor deliria nervosa”, como também é conhecido. Há alguns anos foi descoberto que o amor era uma
doença, causava variações de humor, tontura, delírios, mudanças de personalidade
e uma série de outros males característicos. As pessoas ficavam infelizes, se matavam, matavam os outros, uma desgraça.
Lena e suas irmãs tiveram a vida marcada
pela tragédia, já que sua mãe foi acometida pela doença. Mesmo depois de
várias intervenções, ela não pôde ser curada, nunca se soube ao certo o motivo, mas
a vacina não funcionava com ela. Num arroubo de desespero, característico da doença, ela comete suicídio.
Desde então Lena teme que possa terminar
como sua mãe, louca por causa do Deliria.
A princípio tudo faz muito sentido, o amor
é do mal, precisa ser exterminado, amor é coisa do demônio! Até você parar para realmente pensar
sobre todos os aspectos do assunto.
1ª questão: A intervenção não é uma opção.
É obrigatório que todas as pessoas ao completarem dezoito anos passem por ela.
Às vezes antes, se os sintomas surgirem. Não importa o que elas querem, elas estão doentes, elas são um risco.
2ª questão: O contato entre pessoas de
sexo diferente entre não-curados é estritamente proibido. Não há tal coisa como
colégios mistos ou interação e para isso existem regras que delimitam um toque
de recolher. Músicas? Apenas aquelas que forem aprovadas pelo governo. O mesmo para os livros. Ah, e todo
não-curado deve estar em casa até as 21h. Vida social o que é? De onde vem? Para
que se usa? Com o quê?
3ª questão: Não há uma ciência mágica para
extrair apenas o amor-casal do indivíduo. Logo, se extrai todo e qualquer tipo
de amor, paixão, ódio, insatisfação, enfim, toda emoção forte o suficiente.
Toda emoção capaz de gerar revolta, comoção... Rebelião. Imagine uma sociedade
onde ninguém escuta nada a não ser música clássica, onde ninguém tem vontade de
dançar ou rir de forma espontânea, onde você não sentiria falta de seus pais ou
seus filhos, amigos, cachorro (papagaio, periquito) ou quaisquer parentes que
possa existir, porque você não consegue amá-los. É quase como se eles nunca
tivessem existido. Você gosta de ler? Bem, provavelmente depois da intervenção
você não sentiria qualquer prazer ou vontade de ler. Não sentiria nada.
Uma
sociedade completamente tomada por regras, onde mesmo os seus vizinhos vigiam
cada passo seu. Ninguém quer ser associado a um “simpatizante” (pessoas que são contra a intervenção). Ninguém quer
ser contaminado pela doença. Regras para todos os lados, sobre o que se ouve, o que se vê, o que se
fala, – e por que não o que se pensa?! – E se não concordar, você está contra a cura, contra um mundo saudável. Você tem que sumir. Ou se machucar... muito. Mas ninguém se importa, porque
ninguém sente nada. Lena estava ansiosa por esse mundo. Um mundo sem pesadelos, um mundo sem dor, um mundo seguro. Mas agora ela está começando a se questionar. Será que ela está disposta a qualquer coisa pela cura, até abrir mão de tudo o que ela descobriu estar sentindo?
"As doenças mais perigosas são aquelas que nos fazem pensar que estamos bem."
Que livro interessante, a capa eu sempre achei linda!
ResponderExcluirJá sigo seu blog, e adoro as resenhas!
Obrigada por participarem do Desafio! ;)
http://dailyofbooks.blogspot.com.br/
Eu que agradeço por nos convidar Fer, está sendo uma das coisas mais legais do ano <3
ExcluirBeijos!